Canto de Noviembre
Alberto Peyrano
Vago por el poema,
este poema mío
que se quedó sin forma,
sin el latido visceral de tu palabra.
Y me consagro a oscurecer con tinta
el blanco renglón que siempre ocupas,
recordando, tan sólo...recordando...
Tratando de tenerte en
mi presente sin poder rescatarte del pasado...
Me prendiste fuego.
Me incineraste vivo.
Me dejaste tu marca para siempre:
un cardenal que nunca cicatriza
y que grita a mi avidez tu nombre.
Recorro los mil laberintos de tu ausencia,
estoy empezando a acostumbrarme
a que sólo el silencio me responda.
¿Te fuiste o te quedaste?
No logro definirlo. No sé si fuiste un duende,
una pasión o un mito.
Tampoco sé si este poema pueda
contener la inconsistente dulzura
de tu esencia, ésa, que un día del octavo arcano,
me ocupó por completo sin dejarme
lugar para seguir pensando.
Alberto Peyrano
2003
Derechos de autor reservados
CANTO DE NOVEMBRO
(Alberto Peyrano)
Vagueio pelo poema
este meu poema que se quedou sem forma
sem o latido visceral de tua palavra
e consagro-me a escurecer com tinta
o branco recanto que sempre ocupas,
tão só recordando,
recordando...
tentando manter-te em meu presente
sem poder resgatar-te do passado.
Prendeste-me fogoqueimaste-me vivo
deixaste-me para sempre a tua marca
um cardeal que nunca cicatriza
e que grita na minha avidez teu nome.
Percorro os mil labirintos da tua ausência
começo a acostumar-me
a que só o silêncio me responda.
Será que foste ou que ficaste?
Não logro defini-lo
não sei se foste um duende,
uma paixão ou um mito
Tampouco sei se este poema
pode conter a inconsistente
doçura de tua essência
essa, que um dia do oitavo arcano
me ocupou por completo
sem deixar-me lugar a prosseguir pensando
Versão:
María Petronilho
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