JUGUETES
VIEJOS
Pobre muñeca
de trapo,
pobre
caballito
azul,
y el soldadito
de plomo...
¡ Todos dentro
de un baúl !
Cuando nueva,
fuiste rubia;
y de aquel
vestido
hermoso
sólo te queda
un traposo
remiendo como
vestido;
ya tu belleza
se ha ido;
¡ hoy sólo te
cubre el polvo
!
¡Cuántos niños
te montaron,
caballito; en
pensamiento
muy lejos se
remontaron
contra la
lluvia y el
viento;
de tu crin
todos tiraron.
¡ Hoy, en un
baúl,
durmiendo...!
Y tú,
soldadito
erguido,
aún con tu
fusil mohoso
yaces todo
quejumbroso
donde sólo
existe olvido.
En el baúl te
han metido,
igual que al
perro rabioso.
Dura el afecto
muy poco
porque todo es
pasajero;
el amor es
lisonjero;
el ser nuevo
es delicioso;
con pintura y
muy lustroso.
Lo mismo le
pasó al gato;
lo mismo le
pasó al oso.
Igual a la
patineta.
Y a aquella
hermosa muñeca
que le acaban
de comprar,
lo mismo le va
a pasar
cuando lo
nuevo perezca.
Al baúl irá a
parar,
tan oscuro y
tan desierto,
que es
preferible
estar muerto
a este
terrible
final.
Rafael Angel
Cortés
BRINQUEDOS VELHOS
Pobre boneca
de trapo,
pobre
cabelinho
azul,
e o soldadinho
de chumbo...
Todos
dentro de um
baú!
Quando nova,
foste
loira;
e daquele
vestido
formoso
só te restou
um trapo
um remendo
como
vestido;
tua beleza se
foi
hoje só te
cobre o pó!
Quantas
crianças
montaram,
seu cabelinho em
pensamento
muito depois
te desmontaram
contra
a
chuva e o
vento;
Teu brilho
todo
tiraram.
Hoje,
estão
num baú,
dormindo!...
E você,
soldadinho
erguido,
ainda com tua
espingarda
manhosa
jazes
todo
queixoso
onde só
existe
esquecimento.
No baú te
meteram,
igual
a um cachorro
raivoso
Dura
o
afeto
muito
pouco
porque
tudo
é passageiro;
o amor é
lisonjeiro
o
ser
novo é
delicioso;
com pintura e
muito
brilhante
O
mesmo
aconteceu com o
gato;
o
mesmo
aconteceu com
o
urso.
Igual
com o patinete
E aquela
formosa
boneca
que
lhe acabam de
comprar,
a
mesma coisa
vai acontecer
quando
o
novo
pereça.
No baú irá
parar,
tão escuro e
tão deserto,
que
é preferível
estar
morto
a este
terrível
final.
Rafael Angel
Cortès
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