APENAS SÓ...
(Ruth Gentil Sivieri)


Teu sorriso retido na lembrança,
do amor que era pra mim uma esperança,
ficando apenas o adeus.
Tremendo de tristeza e de ansiedade,
beijo essa foto que virou saudade,
vendo os olhos que são teus.

Como se exaurem nossas ilusões,
a ternura de todas as paixões,
que volitam pelo ar.
Tudo que sobra é a dor no coração,
lágrimas se espalhando pelo chão,
nublando todo meu olhar.

Minh´alma de sofrer está cansada,
seguindo apenas só, desconsolada,
pelo amor que não tem mais.
Arde na dolorosa dor que mata,
paixão cruel, na lágrima insensata,
que não secará jamais.

Não sei se odeio ou se te amo ainda.
Sei que sinto uma saudade infinda,
do tempo que já passou.
Não me deixes chorar só em meu canto,
vem, amor, enxugar meu triste pranto,
da lembrança que ficou.

CARÍCIAS DE UM SENTIR
(Ruth Gentil Sivieri)

Todo esse amor que tenho, me fascina.
Tua voz e o teu sorriso me anima,
serás o meu eterno amor.
Tua alegria faz-me bem, me acalma,
há quentura do sol para minh´alma
trazendo-me mais cor.

Estrelas rutilando pelos ares,
refletindo seu brilho pelos mares...
Tu és o meu viver!
O horizonte parece mais bonito,
nos lábios, o sorriso favorito,
que sempre vens colher.

Esvoaçando o soturno véu da noite,
o vento passa como um leve açoite,
trazendo aroma e luz.
Na grandeza gigante do universo,
para ti é que faço o meu verso,
que o grande amor conduz.

Tua beleza me encanta, me fascina,
qual um canto de música Divina,
és flor em meu jardim.
E continuas em meu pensamento,
não cairás, jamais, no esquecimento,
pois és parte de mim!

TRISTEZAS DE UM POETA
(Ruth Gentil Sivieri)

Não mostrasse o poeta tanta dor,
que lhe sai d´alma farta de poesias,
não seria estampado o seu clamor.
Eram loas as suas fantasias.

Sem ter a performance de um ator,
lacera-se em delírios e agonias
mostrando a todos seu imenso amor
em momentos de dores e alegrias.

Vai cumprindo a missão: desabrochar
como os gerânios no jardim deserto,
trazendo em si as cismas dos olores.

Qual ave prisioneira, o seu cantar
é trino de tristezas, se desperto,
e, quando sonha, chora dissabores!