Amo!
Marilena Trujillo
Amo tua voz suave, aliciante!
Amo tua saudade de mim!
Teu cheiro de brisa embriagante,
Teu toque de macio cetim!
Amo a chuva que molha teu corpo,
Amo teus olhos que denotam tristeza,
Teu hálito fresco que sedenta absorvo,
Amo dos teus gestos... a delicadeza!
Amo o dia que nos conhecemos!
Amo tua presença iluminada!
Amo todos os dias que vivemos,
Que seguimos pela mesma estrada!
Amo... Meu amor! Eu te amo!...
Amo hoje e amanhã amarei mais!
Esse amor lindo, grito... Proclamo!...
És o resumo dos meus ideais!...
Amo teu atraente cabelo grisalho...
Amo-te com toda a alma e coração!
Amo tua boca com gosto de orvalho...
Amo-te com loucura e devoção!...
Amo... Amor meu... Vida minha...
Além das aflições e dos vendavais!
Tua presença meu ser eleva, sublima,
Acalma... Proteje dos temporais!...
Te amo anjo meu! Te amo demais!...
Mary Trujillo
Como uma milonga
Marilena Trujillo
Eu estava tão desprevenida...
Tão distraída... aquele dia...
Ele chegou do nada... lindo!
Sua voz era pura melodia...
Chamou-me com jeito pagão,
Com mil carícias no olhar...
Era eu pura emoção, emoção!
Desejo de aquele homem beijar...
Estava tão inocente, desavisada,
Uma menina carente, desamparada,
Seu charme invadiu a minha alma...
Tomamos champanhe e mais nada.
A noite acabou, chegou a madrugada,
Pensava nele... e me arrepiava...
Quanta magia de mim se apossava!
Só queria ele... ser por ele acariciada...
Novo amor em minha porta batia,
Visceral... arrebatador... forte!...
Para que pensar no futuro?...
Estava lançada a minha sorte...
Não pude segurar... foi bailando
Meu coração como uma milonga,
Tantos afagos, sussurros, beijos...
A paixão explodiu sem delongas...
E foi tanto querer, tanta entrega...
Tanta fome, tanta sede e desejo...
Envolvendo, arrastando nós dois...
Que a noite corada se vestiu de pejo...
Mary Trujillo
Amor da minha vida...
Marilena Trujillo
Amor... Ele é o amor da minha vida...
Sim... Ele é o meu amor... Senhor!
Mas só temos em nós... O amor...
Léguas de distância... E muita dor...
Grita nossa essência... Nossa existência.
Todo o flagelo do mundo... Nos atinge...
Um tempo sem esperança nos espreita...
O horizonte de vermelho sangue... Se tinge.
Por que essa sina... Assassina?...
Por que o querer... E não poder?...
Se são seus lábios... Meu alimento?
Sua presença... Minha vontade de viver?
Ele é o meu amor... Minha metade viva...
É minha fonte... Minha água bendita...
A sede louca... A fome que não sacio...
O meu luar, minha poesia mais bonita...
Calo na boca... Seu nome tão amado...
O desespero... De tê-lo no peito trancafiado.
Sonhando com um encontro... Que não chega,
E ele... Ele sonha acordado... Desesperado!
É a mim que ele ama... Sou eu... O seu amor!
Sou a musa das suas poesias... Sua rima...
Sou aquela... Que o faz sorrir de verdade...
Ele é minha melhor poesia... Minha obra-prima!
Quem nunca amou tanto... Como nós dois?
Quem nunca amou sem querer e por querer?
Só quem amou... Com tanta intensidade...
Poderá esse vulcão de desejos... Entender...
Ele sou eu... Eu sou ele... Suas células...
Seu anoitecer... Seu despertar... Seu dia...
Ele é meu riso... Meu sonho desesperado...
Minhas longas madrugadas... De agonia...
Ele é o meu pecado... Meu terno menino...
Meu fruto maduro... Doce... E proibido..
Somos os dois.. Um só coração e alma...
Viver separados... É o nosso maior castigo!
Mary Trujillo
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