Medio
Ambiente
Cuando el hacha
batía
inconsciente
aún así, una
rama había.
O una semilla,
tal vez...
En un acabar más
lentamente...
Todavía, con
el desarrollo:
Vino la máquina
a destruir sin
contemplación
Grandes
florestas, matas
húmedas!
Ríos
perennes...
Transformando la
madre naturaleza
De
pronto...
Y, como se fuera
aún poco:
Esa desdicha...
Químicamente se
altera la
ecología
Y la tierra
rica, antes
abundante!
Y tan frondosa!
Se
desertiza
Bajo
el juicio de la
inclemencia.
Luíza Soares
Benício de
Moraes
-1983
Extasis
de
Sertanejo
Soy payaso,
trapecista!
Hago a todo el
mundo reír
Además de hacer
broma,
Vestirme de "travestí"
Sólo salto en la
cuerda bamba
si dudaren bailo
samba
Frevo, xaxado, baião...
E incluso
ranchera
Si quisieran
música
extranjera
Canto en la
televisión
Soy tímido,
rudo.
Fugitivo
allá del sertão!
Donde el terreno
quemado
En las tierras
de mi patrón
Me incendiaron
la médula
Intercambiándolos
de posición
De
ahí que yo
vendré artista,
Cambié mi
profesión
Giré
mi desdicha
Me
transformé en
diversión
Y, mientras más
estiran el
cordón,
Más entro en el
desafío...
Luíza Soares
Benício de
Moraes
Fevereiro de
1984
La Lucha Del
Trabajador
De tanto ser
reprimido
Subyugado...
Oprimido...
Nuestro pueblo
se
desvanece
Se consume,
se atrofia!
Debilitado...
enflaquece
Estorbado por su
propia
frustración
En el conflicto
que lo lleva a
la desesperación
Aferra
sobre
sí aún los
golpes crudos
Torturándose
crucialmente en
su desenlace
Pero,
pulula
dentro de sí un
destello
Se Despierta aún
del
sopor
que estaba
preso,
Y no se niega
entonces entrar
a la lucha
Por la Libertad,
pan para los
hijos,
naturaleza.
Son derechos que
le fueron
usurpados
Son salarios que
extorsionados,
diezmados.
Disminuidos,
desfasados,
consumidos,
Sucumbieron bajo
el peso
de
la inflación!
Luíza
Soares Benício
de Moraes
1983
Meio
Ambiente
Quando o machado
batia
inconsciente
'Inda assim, um
galho havia.
Ou uma semente,
talvez...
Num acabar mais
lentamente...
Todavia, com o
desenvolvimento:
Veio
a máquina
destruir sem
complacência
Grandes
florestas, matas
úmidas!
Rios
perenes...
Transformando a
mãe natureza
De
repente...
E, como se fosse
ainda pouco:
Essa desdita...
Quimicamente se
altera a
ecologia
E a terra rica,
antes farta!
E tão frondosa!
Desertifica-se
Sob o
julgo da
inclemência.
Luíza Soares
Benício de
Moraes
-1983
Extase
de Sertanejo
Sou palhaço,
trapezista!
Faço todo mundo
rir
Além de contar
piada,
Vestir-me de
"travesti"
Só pulo na corda
bamba
Se duvidarem
danço samba
Frevo, xaxado,
baião...
E até mesmo
rancheira
Se
quiserem música
estrangeira
Canto na
televisão
Sou matuto,
sertanejo.
Fugido lá do
sertão!
Onde o roçado
queimado
Nas terras do
meu patrão
Incendiaram-me
os miolos
Trocando-os de
posição
Daí
qu'eu virei
artista,
Mudei minha
profissão
Rebolei minha
desdita
Transformei-me
em corrupio
E, quanto mais
puxam o cordão,
Mais entro no
desafio...
Luíza Soares
Benício de
Moraes
Fevereiro de
1984
A Luta Do
Trabalhador
De
tanto ser
reprimido
Subjugado...
Oprimido...
Nosso povo se
esvaece
Definha, se
atrofia!
Debilitado...
enfraquece
Estorvado por
sua própria
frustração
No
conflito que o
leva ao
desespero
Desferra sobre
si mesmo os
golpes crus
Torturando-se
crucialmente em
seu desfecho.
Mas, se fervilha
dentro de si uma
centelha.
Acorda ainda do
torpor em que
era presa,
E não se nega de
então entrar na
luta
Por Liberdade,
pão p'ros
filhos,
natureza.
São
direitos que lhe
foram usurpados
São
salários que
extorquidos,
dizimados.
Diminuídos,
defasados,
consumidos,
Sucumbiram sob o
peso
inflacionado!
Luíza
Soares Benício
de Moraes
1983
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