MENINA
Fostes o meu
recanto de
ternura,
Símbolo da
pureza onde
repousei,
Com recato da
mais casta e
pura
Inocência que
nesta vida
encontrei.
Hoje com muita
malícia me fala,
De amores que
vieram e foram,
Te deixando
pudores, que a
ti cala,
Nas formas que
mais te atacaram.
Ah! Menina
deixaste sim
escapar
As emoções que
te afligem o
viver,
Esquecendo até
mesmo de amar,
A quem te faz
por bem de
esquecer.
Nesta lista me
arrolaste também,
Não me deixando
ficar de fora,
Como se para ti
eu não fosse
ninguém,
Me virando as
costas, fostes
embora.
Eu me lamento da
tua triste sorte,
Me compadeço
desta tua sina,
Como se fosse
embarcando pra
morte,
Por haver
deixado de ser
menina...
Ervin
Figueiredo
CALADO DE
AMOR
Um grito
inaudível,
impreciso,
Cortando a
madrugada tão
fria,
Parece sair de
peito indeciso,
Cuja alma padece
a dor, agonia...
Ser profano que
ousou amar,
Ultrajando o
próprio
sentimento,
Deve o seu
coração arrancar,
Dando fim a
qualquer
sofrimento.
Não sabes nada
da vida, do amor,
Confunde emoção
de todo sentir
E grita quer de
alegria ou de
dor
Nos teus
lúgubres dias do
porvir
De palavras que
jazem sem cor,
Em versos que
não se podem
ouvir.
Ervin
Figueiredo
FALTA TE DIZER
Ainda é cedo pra
sair,
Preciso de você
comigo.
Não vá agora,
vem dormir,
Quero estar
assim contigo.
Não tarda, vai
amanhecer,
Vamos olhar o
sol surgindo.
Pássaros começam
a se mexer,
Anunciam o que
vem vindo.
E este relógio
que não pára,
Faz o tempo ir
depressa...
Esse amor que
nunca sara,
Não termina e só
começa.
Vem, vou falar
com meu olhar
No silêncio que
eu disser,
Quero apenas te
contar,
De meu amor por
ti, mulher !
Não te afaste,
fica aqui,
Te prometo,
ficarei mudo,
O meu tempo é
para ti,
E falta te dizer
quase tudo...
Ervin
Figueiredo