Poeminha
vaporoso
elisasantos
Fumega a chávena
no enevoado envolvo-me
ócio decretado; à fumaça
martírios e planos
Seja segunda- feira
um sábado e livre
o verso exclua
rimas e faça cantar
Monumentais silêncios
hodierno clímax
lunares humores
e o amor no ar.
elisasantos
Publicado no Recanto das Letras
em 13/10/2007
Código do texto: T692655
mapa- mundi
elisasantos
Albergo tantos... no meu rosto, quantas máscaras?
Infinitude habita-me, transitando sem pedir licença
Nos sótãos, grutas e jardins
Um turbilhão a convivência em meu íntimo
Novas facetas, surpresas... sobrevivo a mim
Mais que um corpo que sofre dor e prazer...
Sou, enfim
Plantando sonhos
elisasantos
Dias ensolarados, abelha- rainha
e no fardo, sementes, que para todo lado
tornem o plantio farto.
Planto um sonho de esperança.
Sei ingrato, o relevo
e a terra cansada de tanto esperar.
Na lavoura, o celeiro é de incertezas...
Brotos surgem orando por chuva,
por regas que sejam santas,
urge que árvores possam tornar-se,
dando sombra aos cavalos,
sustança aos bois e carvão,
que seja queimado em festas,
nas noite de luar...
E que o fruto seja bem doce
saciando-me da certeza,
que o trabalho abasteça toda a fome:
A terra nas mãos que se unem,
clamando a Deus, justiça!
Dobram-se ao trabalho
e abrem-se para doar
"Para Dom Hélder"
elisasantos
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