Senhora das Primaveras

Faço dos meus versos
Universo desta gota rolando em teu cenho,
Aveludado transmitindo carinho
E a sinergia da fé... Desvendando estros,
Abrindo-te em copas de esperança!

Aos ventos do norte,
Entrego-te preces e orações
Ditadas pelas flores que te sublimam,
Pois és, a senhora das primaveras,
Lírio da poesia!

Alquimiando licenças poéticas,
Zelo tua saudade te doando em pérolas
A simplicidade das palavras,
Caladas no aconchego das estrelas,
Bordadas no céu teu e outonal!

Pelos instrumentos do silêncio,
Minh’alma da guarida a tua dor
Versando em ternura meu sentir incontido,
Passageiro do sermão... Acalentando o âmago,
Ofereço-te a mão longe da elegia!

Auber Fioravante Júnior

27/07/2011
Porto Alegre - RS
 

Assim fala meu Amor

Envaidece-me,
Voar com os pés fixos ao chão
E ver entre os lençóis
A dócil escultura que em ébrios,
Rega meus lábios
Silenciados na pureza do ardor!

Imaculado pela fraca luz,
Solto-me em prantos vagantes
Reinventando abecedários,
D’onde tua presença é torpor,
Inebriados a pele crua!

Ávido ao segredo,
Espelho-me na virtude
Nítida a fragrância deixada na seda,
Nas cores do camarim pintado
Em nostalgia e raros ensejos!

Etéreo pelo momento,
Jogo-me de corpo e alma
As folhas sobre a mesa,
Bebendo tuas palavras caladas,
Marcadas no teu beijo em meu peito!

Enfim, amo-te.
Em pauta, letra e musica,
Escorrendo-me em rezas,
Ora saudosas, ora seduzidas
Pela imagem resplandecente
De todo e qualquer firmamento!

Auber Fioravante Júnior
24/08/2010
Porto alegre - RS



Um Poema chamado Amor


Cânticos imensuráveis soam
Pelo salão de ladrilho, espelhando
Um céu regado de estrelas,
Uma flor orvalhada ao luar!

Unções inebriantes sangram
Ao anoitecer trazendo também
A brisa murmurando em brumas,
Uma ametista transcende ao vagar!

Versos instigantes se desenham
Ao esvoaçar dos tecidos luminosos
Tecendo pelo espaço do olhar,
Um planeta sublimando ternura!

Afagos extasiantes discorrem
Pela geografia dançante em boleros
Desabrochando em devaneios,
Um destino inspirando desejos!

Sabores labiais adentram
Ao levante nas marés dos prazeres
Chorando nas pedras,
Um poema chamado amor!

Auber Fioravante Júnior
09/07/2010
Porto Alegre - RS


 

 

                   

                   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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