Quantas vezes...
© Joaquim Marques
Quantas vezes procuro e não te encontro!
Naquele banco de jardim, que foi nosso
E hoje é só meu...
Ao passar a mão no teu lugar vazio
sinto um certo calafrio
E fico a pensar, se quem errou...
Terias sido tu, ou eu?
Meu olhar mofino vagueia no espaço
Contemplando uma árvore
Que, por perto, se encontra
em seu período outonal,
despida de toda a sua folhagem
que, durante o estio, lhe dava
maravilhosa aragem!
Também ela, num aspecto lúguebre,
veio compartilhar
na minha angústia
deixando projectar
através da ténue luz de um sol
no seu ocaso,
a sombra de seu tronco nu...
Que, mal se vê...
Mas que mesmo débil,
ocupou o lugar
vazio...
Deixado por você!
© Joaquim Marques
Portugal
2008
O caminho certo
© Joaquim Marques
Como tantos, na vida andei perdido.
Tive anseios favores e desenganos…
Meus olhos só viam amores profanos
Meu coração não ficava convencido!...
Quis analisar o caminho percorrido
Ajoelhado num templo, orei, orei…
Ao Bom Jesus pedi perdão, porque pequei.
Graças a Ele, hoje sei o chão que piso!
É preciso ter fé! Ela nos redime!…
Deus habita em nós, nos alivia dores...
Assim como todo mal que nos oprime.
Hoje, mesmo que caminhe num deserto
Olho e vejo pegadas nas areias...
Que me indicam sempre o caminho certo!
© Joaquim Marques
Portugal
2009
Paz
© Joaquim Marques
Num golpe de autêntica magia
Se eu pudesse, daria,
a paz que desejava para mim!....
No Mundo
eu semearia amor
fecundo
para que sua força
pudesse fertilizar em toda
a Terra
acabando com a desumanidade
com a fome a desigualdade...
Com a guerra
para que tudo se transformasse num
Paraíso terreal...
Onde a beleza principal...
A Natureza
seria a estrela
de maior grandeza!
Dos jardins floridos desse éden
brotariam as mais belas flores
em variegadas cores...
para serem colhidas por mãos suaves
somente de amores!...
Seus campos nos dariam em profusão
o pão
de que precisamos pra viver.
Era esta a paz que, se pudesse,
gostaria de dar
ao Mundo!
Mas, para que isso acontecesse
seria preciso exterminar
tudo que é imundo...
E apenas ficar
o amor
a perpetuar!
© Joaquim Marques
Portugal
2011
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