Teu Espelho, Teu algoz, Teu vilão...
Marilena Trujillo

 

O que te sustenta pobre ser?
A inveja, o ciúme, o ódio?
Como encarar tua imensa covardia?
Este teu veneno mortal feriu muitos,

Mas será contigo que irá ao túmulo...
Que Deus é o teu pobre ser?
Amai-vos uns aos outros,
Disse Ele um dia,
Mas tua memória é curta,
Tua vaidade é cega, teu égo surdo...
Teus anos estão sendo consumidos,
Nada foi plantado de bom.
Prepara tua colheita...
Que diz teu travesseiro?
Teu sono é tranquilo?
Tua idade passou perdida em maldades,
Desajustes, pobrezas, misérias...
Que diz teu espelho?
Claro, que ele te acusa...
E bem sabes quanto...
Dele não podes fugir,
Terás que encará-lo todos os dias
Da tua medíocre existência.
Será ele teu algoz, teu vilão...
E em altos brados te dirá:
- Fraco, traidor, covarde!
Paira sobre tua cabeça uma espada
Reluzente e afiada.
Muitas vozes gritando,
Gemendo aos teus ouvidos...
Tua fuga será vã... inútil...
Nesta hora clamarás,
Senhor! Senhor!
Todas as feridas
Causadas... serão tuas...
Teu sonho de grandeza acabou!

Marilena Trujillo
Mari

 

 

A Torpeza

 Alberto Peyrano
versão em português de Marilena Trujillo

 Grudado com tua língua
como uma bela maçã com seu verme,
Te enlaçaste aos mistérios da minha existência
para fazer mais pesada tua cruz...
e entre os séculos
procurarás com desespero um vão alívio.
 
É as vezes tão idiota a opção do mal
porque ao seu lado, quase sem ser notado,
encontra-se o bem...
E torpemente escolhestes,
sem perceber
que tua condenação será
ter-me para sempre ao teu lado.
 
Na verdade jogo com tua ousadia
pois não desejo que te libertes.
Te arrastarei comigo aos velhos túneis
onde te aguarda sem sonho o arrependimento
 
Deixo pra ele tantas tarefas
que no princípio, encontrará tua resistência
mas ele é sagaz, e quando menos
Esperar te prenderá com seu laço
onde escreveu meu nome para aturdir-te,
para envolver-te, para asfixiar-te,
para que clames desesperado por liberdade.
 
Saiba, serpente, que em teu olhar
desenharei meu rosto em mil gargalhadas.
Não te libero. Também não julgo
tuas intenções.
Mas foi tua opção... e te acompanho.

 

 

Tu Espejo, Tu verdugo, Tu villano...

Marilena Trujillo

Versión para el español Alberto Peyrano

 

Qué te sostiene pobre ser?
La envidia, los celos, el odio?
Cómo encarar tu inmensa cobardía?
Ése tu veneno mortal hirió a muchos,
pero será contigo que irá a la tumba...
Qué Dios tienes pobre ser?
Amaos unos a los otros,
Dijo Él un día,
Pero tu memoria es corta,
Tu vanidad es ciega, tu ego sordo...
Tus años están siendo consumidos,
Nada de lo que plantaste ha sido bueno.
Prepara tu cosecha...
Que dice tu almohada?
Tu sueño es tranquilo?
Tu edad pasó perdida en maldades,
desajustes, pobrezas, miserias...
Qué dice tu espejo?
Claro, él te acusa...
Y bien sabes cuánto...
De él no puedes huir,
Tendrás que encararlo todos los días
de tu mediocre existencia.
Será él tu verdugo, tu villano...
Y en alto grito te dirá:
- Débil, traidor, cobarde!
Pende sobre tu cabeza una espada
Reluciente y afilada.
Muchas voces gritando,
Gimiendo a tus oídos...
Tu fuga será vana... inútil...
En esta hora clamarás,
Señor! Señor!
Todas las heridas
Causadas... serán tuyas...
Tu sueño de grandeza se acabó!



 

La Torpeza
Alberto Peyrano

 Aunado con tu lengua
como una bella manzana con su gusano,
te has enlazado al sino de mi existencia
para hacer más pesada tu cruz...
y entre los siglos
buscarás con afanes un vano alivio.

 Es a veces tan tonta la opción del mal
porque a su lado, casi sin verse,
se encuentra el bien...
Y torpemente elegiste,
sin darte cuenta
que tu condena será por siempre
tenerme al lado.

 Un poco juego con tu osadía
pues no deseo que te liberes.
Te arrastraré conmigo a los viejos túneles
donde aguarda sin sueño el remordimiento.

 Le dejo a él tanta tarea
que encontrará al principio tu resistencia
pero es sagaz, y cuando menos
lo esperes te rodeará su lazo
donde ha escrito mi nombre para aturdirte,
para envolverte, para asfixiarte,
para que clames aullando por liberarte.

 Y sabe, sierpe, que en tu mirada
dibujaré mi rostro en mil carcajadas.
No te libero. Tampoco juzgo
tus intenciones.
Mas fue tu opción... y te acompaño.

 Alberto Peyrano

 Brasil & Argentina

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