POR QUE FIZ A CAPELA
Eu poderia
dar muitas
razões para
ter feito a
pequenina
capela
dedicada a
Nhá Chica em
São Lourenço,
Minas
Gerais. Mas
minha
maturidade
ensina que
não existe
uma razão
específica
para
explicar os
acontecimentos
em nossa
vida. Seria
o destino? O
crítico de
arte
paulista
Oscar
D'Ambrósio
definiu
melhor pra
mim essa
questão:
disse mais
ou menos que
minha vida
está
entrelaçada
com a vida
de Nhá
Chica.
Nossos
destinos se
cruzaram. Se
qualquer um
perguntasse
a Betsy
Calisto,
minha amiga
chilena, a
razão pela
qual quis
confeccionar
uma web page
para
Nhá Chica,
ela poderia
dar muitas
razões, mas
nenhuma
explicaria
totalmente.
Aconteceu...
Eu
provavelmente
estava num
daqueles
dias em que
o milagre
pega você de
surpresa.
Nhá Chica,
na minha
vida, foi
feito aquela
estrela
cadente que
risca o céu
noturno e
você, de
improviso,
faz um
pedido e a
coisa se
realiza. E
aí você se
agarra com
aquilo.
Porém essa
mineira de
São João Del
Rei
despertou em
mim toda a
religiosidade
que eu já
não tinha
mais. Na
adolescência,
eu coloquei
a mochila
nas costas e
fui para o
Mosteiro de
São Bento,
em
Guaratinguetá,
estado de
São Paulo,
com a mais
pura
intenção de
fazer o
seminário e
me tornar
padre
franciscano.
Mas era
época de
férias, não
tinha
ninguém no
convento, a
não ser os
padres, e
recordo como
se fosse
hoje o
silêncio do
mosteiro, eu
no meu
quarto
solitário
onde o padre
me alojou e
de vez em
quando o som
alto da Nona
Sinfonia de
Beethoven
vinha lá do
lado onde os
padres se
alojavam.
Nunca mais
esqueci a
beleza da
parte coral
da Nona. Era
carnaval e o
padre mandou
em voltar ao
Rio de
Janeiro para
pegar uma
autorização
com meus
pais para
entrar no
convento.
Quando
cheguei ao
Rio de
Janeiro
encontrei
meus amigos
prontos para
irem brincar
o carnaval
na cidade de
Petrópolis.
Tomei banho,
troquei de
roupa,
entrei no
carro e
fomos. Então
conheci uma
moça e
esqueci o
convento.
Hoje
descobri,
seguindo os
passos de
Nhá Chica,
que a vida
do cristão
leigo pode
ser mais
fecunda do
que a vida
de um padre.
Descobri
também que
tenho uma
dificuldade
de me afinar
com as
histórias da
Bíblia e dos
primeiros
santos da
igreja.
A obra de
Antônio
Conselheiro,
de Canudos,
me motiva
mais a
espiritualidade
do que a do
apóstolo
Paulo. Eu
diria que o
elo que
ainda me
liga à
igreja
católica
está na vida
de santos
como Padre
Cícero, de
JuazeirNhá
Chica, de
Baependi;
Padre Victor,
de Três
Pontas; Irmã
Dulce, da
Bahia. E
outros. Até
a vida de
Tiradentes
me motiva
mais a
espiritualidade
do que a
vida de
muitos
mártires da
igreja.
Quero deixar
claro que
estou
falando de
motivação.
Não estou
comparando
os mártires
da igreja
com
Tiradentes.
Tive que
escrever
esta crônica
para poder
explicar a
minha amiga
chilena
Betsy
Calisto a
razão pela
qual fiz uma
capela
dedicada a
Nhá Chica em
São Lourenço,
Minas
Gerais. A
razão mais
interna que
eu encontro
é essa: Nhá
Chica
desperta em
mim aquela
religiosidade
católica da
minha
formação
familiar,
que a Bíblia,
com todo o
seu poder,
não
conseguiu
despertar.
Sei que isso
acontece com
milhares de
brasileiros...
E até era
bom que o
tibunal que
julga a
causa dos
santos, no
Vaticano, em
Roma, fosse
menos
preconceituoso
em relação
aos beatos
brasileiros
e desse mais
atenção aos
nossos
santos das
roças, mesmo
que eles
pareçam ser
loucos. Hoje
digo para a
minha amiga
Betsy
Calisto que
a carreira
espiritual
da Serva de
Deus Nhá
Chica me
leva para o
caminho da
religiosidade,
para o
caminho do
espírito.
Não seria
essa a
melhor razão
para
explicar o
por que fiz
uma capela
dedicada a
Nhá Chica em
São Lourenço,
Minas
Gerais?
|
Marco Aurélio Rodrigues
Dias
São Lourenço, 10 de maio
de 2004
Brasil
POR QUÉ HICE LA
CAPILLA
Yo podría
dar muchas
razones para
haber hecho
la pequeñita
capilla
dedicada a
Nha Chica en
San Lorenzo
Minas
Gerais. Pero
mi madurez
enseña que
no existe
una razón
específica
para
explicar los
acontecimientos
en nuestra
vida. Sería
el destino?
El crítico
de arte
paulista
Oscar
D'Ambrósio
definió
mejor para
mí esta
cuestión:
dijo más o
menos que mi
vida está
entrelazada
con la vida
de Nha
Chica.
Nuestros
destinos se
cruzaron. Si
cualquiera
preguntara
a Betsy
Calisto, mi
amiga
chilena, la
razón por
la cuál
quiso
confeccionar
una página
Web para Nha
Chica, ella
podría dar
muchas
razones,
pero ninguna
explicaría
totalmente.
Aconteció...
Yo
probablemente
estaba en
uno de
aquellos
días en que
el milagro
toma a uno
de sorpresa,
Nha Chica,
en mi vida,
fue aquella
estrella
cayendo que
raya el
cielo
nocturno y
usted, de
improviso
hace un
pedido y la
cosa se
realiza. Y
ahí usted se
apega a
aquello. Sin
embargo esa
minera de
São João del
Rei despertó
en mí toda
la
religiosidad
que yo ya no
tenía más.
En la
adolescencia,
yo coloqué
la mochila
a cuestas y
fui para el
Monasterio
de Son
Bento, en
Guaratinguetá,
estado de
São Paulo,
con la más
pura
intención de
hacer el
seminario y
tornarme
padre
Franciscano.
Mas era
época de
vacaciones,
no había
nadie en el
convento,
solamente
los padres,
y recuerdo
como si
fuera hoy el
silencio del
monasterio,
yo en mi
cuarto
solitario
donde el
padre me
alojó y de
tarde en
tarde el
sonido alto
de la Novena
Sinfonía de
Beethoven
venía allá
del lado
donde los
padres se
alojaban.
Nunca más
olvidé la
belleza de
la parte
coral de la
Novena. Era
carnaval y
el padre
mandó a Río
de Janeiro
para pedir
una
autorización
con mis
padres para
entrar en el
convento.
Cuando
llegué a Río
de Janeiro
encontré mis
amigos
listos para
ir a
divertirse
al carnaval
en la ciudad
de
Petrópolis.
Tomé un
baño, cambié
de ropa,
entré en el
coche y
fuimos.
Entonces
conocí una
chica y
olvidé el
convento.
Hoy
descubrí,
siguiendo
los pasos de
Nha Chica,
que la vida
del
cristiano
puede ser
más fecunda
que la vida
de un padre.
Descubrí
también que
tengo
dificultades
para
afinarme con
las
historias de
la Biblia y
de los
primeros
santos de la
iglesia.
La obra de
Antônio
Consejero,
de Canudos,
me motiva
más la
espiritualidad
que la del
apóstol
Paulo. Yo
diría que el
eslabón que
aún me
conecta a la
iglesia
católica
está en la
vida de
santos como
Padre
Cícero, de
Juazeiro;
Nha Chica,
de Baependi;
Padre Victor,
de Três
Pontas;
Hermana
Dulce, de
Bahia. Y
otros. Hasta
la vida de
Tiradentes
me motiva
más la
espiritualidad
que la vida
de muchos
mártires de
la iglesia.
Quiero dejar
claro que
estoy
hablando de
motivación.
No estoy
comparando
los mártires
de la
iglesia con
Tiradentes.
Tuve que
escribir
esta crónica
para que
pueda
explicar mi
amiga
chilena
Betsy
Calisto la
razón por la
cuál hice
una capilla
dedicada a
Nha Chica en
São Lourenço,
Minas Gerais
. La razón
más profunda
que yo
encuentro es
esa: Nha
Chica
despierta en
mí aquella
religiosidad
católica de
mi formación
familiar,
que la
Biblia, con
todo su
poder, no
consiguió
despertar.
Sé que eso
acontece con
miles de
brasileños...
Y hasta
sería bueno
que el
tribunal que
juzga la
causa de los
santos, en
el Vaticano,
en Roma,
fuera menos
preconcebido
en relación
a los beatos
brasileños y
diese más
atención a
nuestros
santos de
las rozas,
aunque ellos
parezcan ser
locos. Hoy
digo para mi
amiga Betsy
Calisto que
la carrera
espiritual
de la Sierva
de Dios Nha
Chica me
lleva por el
camino de la
religiosidad,
por el
camino del
espíritu. No
sería esa la
mejor razón
para
explicar el
por qué hice
una capilla
dedicada a
NhaChica en
São Lourenço,
Minas
Gerais?
|
Marco Aurélio
Rodrigues Dias
São Lourenço, 10 de mayo
de 2004.
Brasil
http://geocities.yahoo.com.br/
horoscopotupi/mazarello.htm
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